terça-feira, 4 de maio de 2010

Lulas com Alho

Gosto muito de lulas, especialmente feitas desta maneira, inspirada nos Choquinhos à Algarvia que me deleitaram quando estive em Sagres. É fácil e é raro alguém não gostar. A ver vamos...

Ingredientes (4 pessoas)

1 kg de lulas congeladas às rodelas
1 cabeça de alhos
1 colher de sopa de pimenta preta
sal qb
1 copo de vinho branco
200ml de bom azeite
1 molho de coentros

Descascam-se e picam-se os alhos, que se põem a fritar no azeite, já temperados com a pimenta. Quando estiverem louros, junta-se as lulas, mexe-se e tapa-se o tacho para poderem descongelar e libertar os seus sucos. Assim que a maior parte da água tiver evaporado e as lulas reduzidas a metade do seu tamanho inicial, junta-se sal e o copo de vinho branco. Logo que o vinho estiver quase todo reduzido, e as lulas estiverem a fritar, junta-se bastantes coentros picados e serve-se imediatamente.



Servi estas lulas com batatas fritas às rodelas e uma salada de alface e beterraba com vinagre.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Bolo de Maçã Bravo Esmolfe

Goste de maçã bravo esmolfe, tipicamente portuguesa, com sabor a flores. Pensei que ficaria bem em bolo. Começo a pensar que realmente a falta de jeito era, e continua a ser note-se, falta de experiência... Digam de vossa justiça.

Ingredientes
2 chávenas de farinha
185g de manteiga
2/3 de chávena de açúcar
3 ovos
1/3 de chávena de leite
2 chávenas de maçã bravo esmolfe
2 colheres de sopa de mel
1 colher de chá de canela
1 colher de chá de fermento



Pus a farinha numa taça e abri um buraco no meio. Derreti a manteiga e o açúcar num tacho e mexi até o açúcar dissolver. Misturei os ovos e o leite e pus esta mistura e a de manteiga na farinha. Mexi até misturar tudo e salpiquei com o fermento e a canela. Pincelei uma forma redonda com óleo, pus papel vegetal e voltei a pincelar. Ás colheradas, deitei metade da massa no fundo da forma e, por cima, dispus a maçã, descascada e cortada em lascas, e deitei o mel por cima. Voltei a cobrir com o resto da massa, alisei por cima e foi a lume brando durante cerca de uma hora. Desenformei e polvilhei com açúcar em pó. Ficou fofinho e com a maçã quase caramelizada. Muito bom.


Guisado de abóbora com cuscus

E quando a chuva aparece outra vez, para mal dos nossos pecados, apetece ficar em casa e comer coisas quentinhas. Fiz este guisado para acompanhar qualquer coisa, mas sei que a "coisa" não me ficou na memória e isto sim, ficou.



Ingredientes (2 pax)
4 tomates frescos e maduros
1/2 lata de grão
200g de abóbora menina
1/2 pimento verde
2 cenouras
1/2 cebola
2 alhos
50g de cuscus
2 colheres de sopa de azeitonas cortadas
3 folhas de hortelã

No fundo do tacho distribuí as cenouras às rodelas, o pimento cortado ás tiras, a cebola em meias-luas, o alho picadinho e o tomate limpo de peles, também cortado aos cubos. Reguei com um fio de azeite e deixei levantar fervura. Nessa altura, adicionei cubos de abóbora e o cuscus, que deixei cozer no suco dos legumes. Juntei as folhas de hortelã e deixei, tapado, a cozinhar em lume brando. No fim, juntei apenas umas folhas de hortelã e as rodelas de azeitona. Ficou bastante suculento!

Costoletas com molho de hortelã

Há muito que se possa fazer com 2 costoletas de porco. Hoje optei pelo molho de hortelã, normalmente mais utilizado para a carne de borrego. Ficaram suculentas e bastante gostosas, com um travo muito bom a menta. É diferente e não dá mais trabalho do que simplesmente fritá-las e comê-las desenchabidas.

Ingredientes
2 costoletas de porco
2 alhos
4 colheres de sopa de molho de hortelã (mint sauce)
1 colher de sopa de manteiga
1 fio de azeite
Sal & Pimenta



Temperei as costoletas com o alho esmagado, sal e pimenta. Antes de irem para a frigideira, barrei as costoletas, de ambos os lados, com o molho de hortelã. Derreti a manteiga com o azeite e, em lume brando, deixei-as fritar bem de cada lado. Comi com batatinhas novas cozidas e regadas com o molho de hortelã. Uma maravilha!

terça-feira, 20 de abril de 2010

Favas Rápidas com Chouriço

O típico prato de favas com chouriço consiste num guisado, mas aprendi com um tio meu, que pouco mais sabe fazer do que bacalhau cozido com batatas, que pode ser feito de outra maneira. Talvez não tão típico, mas igualmente gostoso. Foi o meu jantar hoje. Não há fotografia disponível mas também não é dificil de imaginar.

Ingredientes (2 pax)
500 g de favas
1 ramo de coentros
1/2 chouriço de carne
50g de toucinho
1/2 morcela
1/2 cebola
1 alho
azeite
Sal & Pimenta

Cozi as favas em sal e com meio ramo de coentros. Numa frigideira funda, piquei muito bem a cebola, o alho e fringi em lume forte, com um fio de azeite, 2 ou 3 minutos. Juntei o toucinho partido aos bocadinhos, o chouriço e a morcela às rodelas e deixei fritar tudo cerca de 3 minutos. Escorri as favas e juntei ao preparado anterior. Salpiquei com coentros picados e deliciei-me. Admito que é um entope-carótidas, mas um dia não são dias!

Almôndegas à Lady e Vagabundo



Quem não se lembra do filme da Disney em que um rafeiro e uma cocker com pedrigree vivem uma história de amor que culmina num fabuloso prato de esparguete com almôndegas? Sempre que faço isto, lembro-me desse filme… é a pura magia da culinária. Depois de um dia atarefado em limpezas, precisava de uma refeição que me alimentasse como deve de ser e me aconchegasse bem o estômago.

Ingredientes  (2 pax)
8 almôndegas de carne de vaca
1 lata de tomate pelado
1 cebola
2 alhos
½ cenoura
½ chávena de ervilhas congeladas
Esparguete qb
Um fio de azeite
Mangerona
Sal & Pimenta

Fiz um refogado com a cebola bem picada e os alhos e deixei frigir um pouco. Juntei a cenoura bem picada e o tomate partido aos bocados, juntamente com o suco que vem na lata. Deixei cozer cerca de 15 minutos, triturei grosseiramente e juntei as ervilhas. Entretanto, numa panela com bastante água, juntei sal e um fio de azeite e pus a massa a cozer. Quando as ervilhas já estavam meias cozidas, cerca de 8 minutos depois, temperei com o sal e a pimenta e a mangerona picada. Introduzi as almôndegas no tacho delicadamente para não se desfazerem, pus o lume no mínimo, tapei e deixei cozer tudo durante cerca de 20 minutos. Escorri a massa, quando estava al dente, e polvilhei com orégãos. No prato, pus a massa e as almôndegas por cima, com bastante molho. Ideal seria ter um pouco de parmesão ralado para pôr por cima, mas na altura não tinha. Mas aconselho vivamente.

Clafoutis de Uvas

O Clafoutis é um doce tradicional francês que nem é bolo, nem é pudim... está ali no meio termo, porque é mais consistente que o pudim e menos seco que o bolo. A receita original é feita com cerejas mas eu queria aproveitar um enorme cacho de uvas que estavam à beira da total decadência na fruteira. Eu gostei bastante, mas pareceu-me que não reuniu consensos - chegaram a alcunhar o dito de "Chaffon". Há que experimentar...

Ingredientes:
400g de uvas
4 ovos
150g de açúcar
100g de manteiga ou margarina mole
6 colheres de sopa de farinha
1 cálice de rum
400 ml de leite

Normalmente a fruta é posta inteira mas eu não gosto de comer uvas e andar a cuspir as graínhas, como tal, comecei por cortar as uvas a meio e com a ponta da faca tirar as ditas, sem remover a polpa. Pus a fruta dentro de uma forma previamente untada com manteiga. Numa taça juntei os ovos com o rum e o leite, a manteiga e depois o açúcar. Depois de tudo bem batido juntei, a pouco e pouco, a farinha. Despejei o preparado por cima das uvas e foi ao forno brando cerca de 1 hora. Quando estava pronto, polvilhei com açúcar em pó.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Mais um para a colecção

Este já cá canta. Descobri esta senhora há pouco tempo mas sou uma fã incondicional. E talvez por obrigar a malta a ver programas de culinária, que no caso da Nigella não tem objecções por parte dos homens, lá me ofereceram o livro. Tenho uma prateleira cheia e a transbordar de livros e revistas de cozinha. Quero uma biblioteca e uma dispensa como a da Nigella... da cozinha trato eu! Gracias Miguel!

Friginada da Conguita

Quando se tem 6 pessoas à mesa, pouca paciência para estar de volta dos tachos e sabe-se que não se chega a casa cedo faz-se o quê? Friginada! Não sei se o nome é normal ou apenas inventado lá por casa, mas ficou. A friginada é uma prima rica do pica-pau, o petisco típico que acompanha as imperiais, mas eu gosto de a fazer para uma refeição rápida.


Ingredientes:
1kg de bifanas de porco partidas em pedacinhos
4 colheres de sopa de massa de pimentão
1 colher de sopa de pimentão doce em pó
5 alhos
1 cebola
1/2 copo de vinho
1 lata pequena de pickes
azeitonas pretas
coentros
pimenta


Para a marinada, juntei a massa de pimentão, pimenta, pimentão em pó, 1 colher de sopa de azeite e meio copo de vinho branco. Em cerca de 4 colheres de sopa de azeite, fritei 5 alhos esmagados e com pele e quando já estavam a ganhar cor, juntei a carne exprimida do vinho.



Deixei a carne fritar, indo mexendo e passados cerca de 5 minutos, juntei a cebola bem picadinha, o vinho e pus a tampa no tacho. Quando quase todo o vinho reduziu juntei os pickles picados, as azeitonas e os coentros. Acompanhei com batatas fritas. Também não sobrou.




Por hoje, já chega, não?

Arroz Malandrinho de Tamboril

Com 6 pedaços de tamboril para 4 pessoas não se pode fazer muito, mas fica óptimo num arroz ao qual se juntam mais umas coisas para encher e dar cor. Foi o que fiz porque às vezes o que é preciso é poder de desenrascanso! Sai um arroz de tamboril travestido para a mesa do canto!


Ingredientes (4 pax):
tamboril qb em cubos grandes
1 lata de tomate pelado
1 cenoura grande
1 cebola grande
azeite
1/2 pimento verde
1 chávena de miolo de camarão
1 chávena de delícias do mar
1 chavena de arroz agulha
coentros
sal & pimenta

Comecei por fazer um molho de tomate com um reforgado de cebola, cenoura e, claro, o tomate com cerca de dois copos de água. Quando a cenoura estava cozida, triturei tudo, temperei com sal e pimenta e juntei o pimento partido aos cubinhos. Passei o arroz por água, para não levar a goma e ficar tipo cola, e meti-o na panela. Passados cerca de 2 minutos pus o tamboril e miolo de camarão. Quando o arroz me pareceu estar quase cozido, juntei bastantes delícias do mar (estava presente uma apreciadora desse “marisco” estranho e sem patas) e um raminho de coentros picados. Estava óptimo e só é pena é a fotógrafa ser tão boa que a foto não mostra sequer um pedaço de peixe! Enfim…

As Pizzas Prometidas

A máquina do pão já cá canta e uma das primeiras receitas foi a massa de pizza. Fiquei a saber que, afinal, não tenho muito jeito nem força para estender a massa mas arranjei uma companheira que faz isso na perfeição e sem esforço. Se se portar bem, dou-lhe uma fatiazinha. Fizemos 4 pizzas com recheios diferentes. Para a base usei um QB Guloso à la italiana que tive de temperar com pimenta, sal, mangerona e orégãos.

Pizza de camarão e natas

A melhor de todas! Fritei o camarão congelado num alho com um fio de azeite, pus por cima do molho de tomate , e espalhei meio pacote de natas. Polvilhei com bastante mozzarella e voilá! Uma maravilha!



Pizza da Licas
Muito boa também. Bacon aos bocadinhos, cogumelos frescos e uma mistura de mozzarela e emmental ralados

Pizza de Linguiça
Cortei 2 linguiças e pus pimento às tiras e cebola. Polvilhei com emmental ralado. Boa.


Coelho com Mostarda

Nem toda a gente aprecia coelho mas eu admito que gosto bastante e ando sempre a tentar sair da rotina do Coelho à Caçador ou no forno com batatinhas. Desta vez experimentei com mostarda e ficou muito bom. Uma variante fresca e que dá ao coelho um fim menos previsivel, coitado. O problema foi cortá-lo aos pedaços. Normalmente peço a alguma alma caridosa que me trate dessa parte mas na altura estava por minha conta. Enchi-me de coragem, e empunhando um cutelo e com ar ameaçador, lá dei o primeiro golpe no bicho. Consegui cortar como manda a lei mas o coitado ficou feito num 8 porque acertar com o cutelo 2 vezes no mesmo sítio, ainda por cima tendo-se um problema grave de miopia, não é nada fácil. Mas consegui... assim como assim não estava num restaurante e da próxima vez sairá melhor. Ou então é pedir com jeitinho "Sr. Aníbal, corte-me o bicho por favor!"

Ingredientes (4 pessoas):
1 coelho
6 alhos
1 limão
1 folha de louro
3 colheres de sopa de mostarda
1 cebola pequena
2 colheres de sopa de manteiga
2 colheres de sopa de azeite
1 colher de chá de ervas da Provença
Sal & Pimenta


Umas 3 ou 4 horas antes de cozinhar o coelho, fiz uma marinada com os alhos às lascas, a mostarda, o louro, as ervas, o azeite, o sumo e a casca do limão, o sal e a pimenta.


Misturei tudo e deixei-o sossegado até o meter no tacho com uma cebola picada grosseiramente e a manteiga. Deixei-o cozer durante cerca de 45 minutos e, no fim, juntei cerca de meio copo de leite para aligeirar o molho. Acompanhei com arroz branco e batatas fritas aos cubinhos. E sem constrangimentos por ser fofinho.

Crepes de Cogumelos

Fiz uma sopa de abóbora com gengibre mas, apesar de estar boa, não me pareceu substancial o suficiente para aquele dia. Então, para acompanhar, à laia de sandwiche, fiz uns crepes salgados com uns cogumelos que desesperavam por atenção no frigorífico. Deu um bocadinho de trabalho mas ficaram bastante bons. Não há fotografias para documentar porque, para variar, me esqueci.
Ingredientes ( 4 crepes):

Crepes:
1 ovo
4 colheres de sopa de farinha
1 colher de sopa de fermento
Leite
1 pitada de sal

Recheio:
Molho bechamel 500ml
8 cogumelos
Queijo a gosto (eu pus Roquefort)
Noz Moscada
Sal & Pimenta

Juntei e bati os ingredientes da massa dos crepes e numa frigideira untada com óleo fiz os crepes finos. Temperei o molho bechamél e juntei-lhe o queijo picado. Dividi o molho pelos crepes e juntei os cogumelos picados. Dobrei o crepe em 4, ficando um triangulo, e levei ao forno durante cerca de 30m. Ficaram muito bons. Pena não ter registo. Para a próxima experimento com outro recheio e fotografo. Prometido!

Bolo de Côco

Sim, ando a cumprir a promessa e a fazer bolos. E devo admitir que não têm ficado nada mal. Este então foi para aproveitar uma saqueta de côco ralado cujo prazo estava prestes a caducar e ficou muito bom. Desapareceu quase todo no mesmo dia. E acho a receita bastante simples.



Ingredientes:
4 ovos
200g de manteiga
200g de farinha
200g de açúcar
1 colher de sopa de fermento
5 colheres de sopa de côco ralado

Bate-se o açúcar com a manteiga até estar derretido e junta-se as gemas e o côco. As claras são batidas em castelo e juntas ao preparado anterior. Só depois se junta a farinha e o fermento, sem bater. Vai ao forno numa forma untada com margarina e coze em lume brando durante cerca de 40 minutos. Polvilhei-o com um pouco de côco ralado apenas e só para enfeitar. Não cresceu muito mas ficou bastante fofo.


Guisado de Legumes à Marroquina

Aprendi esta receita com a minha avó emprestada. Ela faz um couscous maravilhoso, que acompanha com este guisado, mas eu penso que não é estritamente necessário ter a semôla de trigo para o fazer. Gosto bastante para acompanhar carnes feitas no forno que não tenham molho. Experimentei fazer em casa dos meus pais, um pouco a medo, mas a verdade é que quando me lembrei de tirar fotos, já não havia nem um pouquinho para retratar para a posteridade! Bom a valer! Vegetarianos, mais uma para vocês!

Ingredientes (para 4):
6 tomates maduros
2 courgettes
2 cenouras
2 pimentos
1 lata pequena de grão de bico
azeite
sal & pimenta



Descasquei as cenouras e cortei-as às rodelas pouco finas. Tirei as pontas às courgettes e cortei-as aos cubos com cerca de 1 dedo de espessura. Tirei as sementes aos pimentos e cortei-os aos quadrados. Escaldei os tomates e tirei-lhes a pele. Num tacho de barro, dispus primeiro as cenouras, depois as courgettes, os pimentos e os tomates partidos aos bocadinhos. Salpiquei com sal e pimenta e um fio de azeite e pus a cozer em lume brando. Não se junta água pois os legumes acabam por cozer no seu próprio suco. Quando as cenouras me pareceram cozidas, juntei o grão escorrido e deixei ficar mais 5 minutos. Uma delícia
Na imagem aparece apenas o tacho preparado para ir ao lume. Depois fica bem mais bonito, com vermelhos, verdes e amarelos tudo à mistura.

Lombo de Porco com Limão

Há uma receita de lombo de porco no forno com mostarda que é muito apreciada entre as hostes mas eu, às vezes, acabo por fazer para este e para aquele e depois enjoo. Portanto, quando me puseram um lombo à frente apetecia-me uma coisa menos elaborada. Fui inventando e deu nisto.


Ingredientes:

1 lombo de porco com cerca e 1 kg
1 limão
6 alhos grandes
2 folhas de louro
8 colheres de sopa de azeite
1 colher de sopa de ervas da Provença
2 copos de vinho branco
1 ramo pequeno de coentros

Temperei a carne de um dia para o outro com os alhos partidos em palitos, raspa e sumo de limão, o louro, as ervas, os coentros e o azeite. Deixei nesta marinada cerca de 24 horas e depois foi só pôr em forno brando e ir acrescentando o vinho branco para não queimar. Ficou no forno cerca de 1h20m e estava com um ligeiro sabor ao limão mas bastante boa e saborosa. Acompanhei com um guisado de legumes à marroquina que vem já a seguir.

Quiche Portuguesa

Não há nada melhor para aproveitar restos do que fazer uma quiche. Estaqmos a comê-los na mesma mas com uma roupagem e um sabor novos. O que fazer com tomates e uma linguiça perdidos no frigorífico? Quiche!

Ingredientes:
1 base de massa folhada
4 ovos
1 pacote de natas
1 lata de cogumelos
1 linguiça
2 tomates maduros
1/2 pacote de queijo emmental ralado
75g de bacon
1 alho
1 fio de azeite
1 haste de coentros
1 pitada de noz moscada
sal & pimenta



Primeiro, a massa folhada na tarteira e picada com um garfo. Piquei o alho e alourei num fio de azeite numa frigideira. Juntei o bacon e deixei derreter grande parte da gordura. Acabei por juntar também os cogumelos inteiros e a linguiça em bocadinhos. Temperei com sal e pimenta e enchi a tarteira. Pelei os tomates em água a ferver e cortei em cubos, que pus por cima do resto do recheio. Numa taça, bati os ovos com as natas e temperei com sal, pimenta, noz moscada e coentros picados. Despejei por cima do recheio e polvilhei com o queijo ralado. Foi ao forno cerca de 1 hora em lume brando, para dar tempo de cozinhar o recheio sem queimar a massa. Óptima!

Tarte de Maçã - Experiência 1

A minha avó fez anos a 17 de Março. Achei por bem fazer um bolo, agora que estou nesta fase pasteleira, mas optámos por uma tarte de maçã (onde não se consegue errar muito). Ficou bastante boa e com umas velas cor-de-rosa estava um mimo.



Ingredientes:
8 maçãs vermelhas
1 base de massa quebrada
250g de açúcar amarelo
½ limão
1 pau de canela
1 colher de sopa de margarina

Comecei por estender a massa numa tarteira e picá-la com um garfo. Descasquei 6 maçãs, cortei aos bocados e envolvi na margarina. Juntei o sumo e a raspa de limão e o açúcar e levei ao lume com o pau de canela. Deixei cozer até a maçã se desfazer e começar a fazer um puré grosso e caramelizado. Enchi a tarteira com o puré e, por cima, pus fatias finas das outras duas maçãs ainda com pele. Polvilhei com mais uma colher de sopa de açúcar amarelo e levei ao forno durante cerca de 45 min. Ficou boa mas acho que o recheio estava um bocadinho cremoso demais. Devia ter ficado mais firme mas a verdade é que se comeu toda. Para a próxima vou tentar fazer de outra maneira.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Não, ainda não me enjoei!

Não tenho andado longe das hostes culinárias... pura e simplesmente deixei o cabo da máquina fotográfica em casa e, embora tenha andando a disparar sobre tudo o que tenho feito e que seja comestível, pensei que não valeria a pena pôr aqui no blog só receitas com texto. Seja como for, fica prometida a aventura de uma Tarte de Maçã, um Estufado de Legumes à Marroquina, um Lombo de Porco no Forno com Limão, um Bolo de Noz, Pizzas Variadas, Coelho com Mostarda... Para a semana publico tudo, prometo! E com mais qualquer coisinha... Sugestões? E que tal Bolos Lêvedos? Sim, aqueles dos Açores.


terça-feira, 16 de março de 2010

Lasagna / Lasanha

Depois de uma tarde de domingo passada no meio de mantas e cappuccinos a ver filmes, fiz uma lasanha para acompanhar a noite fria.Eu não sou grande fã de massa mas se for feita no forno e com um bom molho de tomate, como com gosto.

Ingredientes (para 4 pessoas)
500g de carne de vaca picada
1 lata de cogumelos
50g de chouriço corrente
50g de bacon
1 lata de tomate pelado
2 cebolas grandes
1 cenoura ou 1 batata pequena
3 dentes de alho
1 embalagens de placas de massa para lasanha
3 colheres de sopa de azeite
½ copo de vinho tinto
1 pacote de queijo mozarella ou emmental ralado
2 embalagens de 500ml de molho bechamel
½ colher de cha de noz moscada
½ colher de chá de orégãos
½ colher de chá de mangericão
Sal & pimenta

Comecei por fazer o ragu (molho à base de tomate onde vai cozer a carne): piquei grosseiramente a a cebola e o alho e pus a fritar em azeite. Juntei o tomate partido aos bocados e a cenoura em cubinhos, com um copo de água e deixei cozer. Quando a cenoura já estava mole, triturei o molho e adicionei o sal, a pimenta e as ervas. Quando começou de novo a ferver, juntei o chouriço e o bacon picados e a carne. Passados cerca de 10 minutos, despejei o vinho para a panela e os cogumelos também picados finamente. Ficou em lume brando cerca de 1 hora, até fazer um molho grosso. Abri os 2 pacotes de bechamel (também se pode fazer em casa mas não justifica o trabalho…), temperei-os com a noz moscada e um pouco de pimenta e mexi muito bem. Estava na hora de fazer as camadas.



Num pirex, espalhei um pouco de bechamel no fundo, seguido de uma camada de massa e depois de carne. Por cima da carne espalho umas colheradas de bechamel, pois faz com que a lasanha não fique seca, pois o molho da carne acaba por ser absorvido pela massa para esta cozer. Ou seja: bechamel, massa, carne, bechamel, massa até acabar a carne.



Por cima da última camada de massa, pus uma boa porção de bechamel e o queijo ralado. Foi ao forno, durante cerca de 30/40 minutos, o tempo suficiente para a massa cozer (experimentando com um garfo) e ficar gratinado por cima.



Esta lasanha não dá muito trabalho mas é demorada. Ao todo, conte-se com cerca de 3 horas, entre começar a fazer o ragu e comer. Mas vale a pena…

Bolo de doce de alperce

Se é falta de jeito, eu vou contrariá-lo…só porque sim! Se é falta de experiência…em breve deixará de o ser! Está decidido! Eu vou fazer bolos! No sábado apetecia-me um bolinho para acompanhar com os famosos cappuccinos de fim-de-noite, que não tiveram tanta sorte na semana passada. Assim sendo, experimentei fazer um bolo com um doce de alperce que estava a pastar no frigorífico há que tempos.



Ingredientes
2 chávenas de açúcar
1 chávena de farinha
1 chávena de maizena
3 colheres de sopa de doce de alperce
1 colher de chá de fermento
4 ovos
3 colheres de sopa de margarina
1 pitada de canela

Comecei por bater a margarina com o açúcar até o segundo estar completamente dissolvido. Juntei os ovos, a canela e o doce de alperce. Misturei a farinha com o fermento e fui juntando às colheradas, seguidos pela maizena. Untei uma forma pequena com óleo e farinha e foi ao forno, no mínimo, durante cerca de 40 minutos.



Quando já estava cozido, retirei-o da forma e polvilhei com açúcar em pó.



O doce de alperce não se revelou, ficando apenas um bolo que não se percebe bem do que é, mas que é consistente e saboroso. Não quis abusar da sorte antes de o provar, como tal não tirei logo as fotografias da praxe, mas depois lá acabei por tirar, por isso é que só se vê metade… a outra já tinha sido deglutida! Para a próxima, vou substituir o doce de alperce por mel.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Promessas de sabor

Quando preciso de alguma erva fresca, além de ser complicado encontrá-las, fico espantada com o preço que meia dúzia de caules atinge. Um dia destes chegou-me aos ouvidos que um molho grande de coentros se encontrava a 3 euros! Já há uns tempos tinha decidido plantar umas sementes de malaguetas, que deram umas plantas muito bonitas mas que foram atacadas por formigas, mas lá consegui tirar uma malagueta pequenita. Agora decidi ir mais longe. Hei-de conseguir fazer uma mini horta só de ervas aromáricas. Já tenho salsa e hortelã, ambas viçosas. Chegou a altura de semear mais coisas. Orégãos, cebolinho, mangericão e tomilho!

Frango de Caril Rápido

Desde que fiz uma incursão numa mercearia indiana do Martim Moniz, e de lá trouxe sacos e saquinhos de especiarias, tem-se tornado cada vez mais fácil transformar coisas simples (como um frango) em petiscos simpáticos! Na terça tinha de fazer jantar para três mas a inspiração era pouca, como tal, virei-me para o que se alcunhou de Magic Box... uma caixa azul, onde guardo as especiarias indispensáveis para preparar qualquer coisa em três tempos. Não sou daquelas pessoas contra os frangos de aviário, aliás, detesto aquelas galinhonas alimentadas a milho que ficam rijas e sensaboronas, mesmo depois de horas ao lume, mas tenho de admitir que o que tinha à minha frente ainda nem sequer era um frango. Era um pinto gordo. Mas adiante.
Existem várias receitas de caril, a minha mãe por exemplo, faz o caril de Goa, que não leva coco mas sim leite normal e nunca se pode dar com exactidão a quantidade de caril de cada receita porque o pó de caril é uma mistura de várias especiarias (semente de coentro, cravinho, açafrão, malagueta, feno grego, etc) e cada marca junta diferentes quantidades das mesmas. Ou seja, se já cozinhei com um caril que perfumava o prato e apimentava a língua com apenas uma colher de chá para um tacho inteiro, também já me deparei com caril que depois de 4 ou 5 colheres de sopa ainda não sabia a nada. Os ingleses, por exemplo, fazem duas distinções - mild ou hot, mas os indianos fazem dezenas. Eu uso um que comprei no Martim Moniz e que tem um sabor fantástico - Mild Madras Curry Powder da TRS. Há quem o use em pasta...ainda não encontrei disso. Talvez para a próxima incursão.

Ingredientes
1 frango
1 cebola
2 dentes de alho esmagados
1 pacote pequeno de polpa de tomate
3 colheres de sopa de óleo
1 chávena de leite de coco
1 pau de canela
1 colher de chá de açafrão
1 colher de chá de garam masala
4 sementes de cardamomo
caril a gosto
coentros picados para polvilhar

Piquei muito bem a cebola, juntei os alhos esmagados, o pau de canela, o açafrão e o cardamomo e fritei no óleo. Quando a cebola estava translúcida, pus o frango cortado aos bocados e fui mexendo. Quando todo o frango já parecia meio cozido, juntei a polpa de tomate e deixei cozer, durante cerca de 10 minutos. Juntei a garam masala e o caril, deixei o molho tornar-se homogéneo e depois o leite de coco. Quando me pareceu estar pronto, juntei coentros picados.



Acompanhei com arroz pulau (ou pilau). Ficou bastante bom!
Nota: A garam masala é outra mistura de especiarias indianas. Já está mais difundida e encontra-se em pacotes, ou pequenas latas, em todos os hipermercados.


terça-feira, 9 de março de 2010

Cogumelos com presunto

Para petiscar estou cá eu. Já tinha comido uns cogumelos estufados com bacon e coentros mas achei que ficavam a saber muito a coentros e com demasiado molho. Resolvi dar-lhes uma roupagem nova!

Ingredientes (2 pessoas)

1 lata pequena de cogumelos laminados
75g de presunto picado
1 alho
uma noz de manteiga
uma pitada de noz moscada
coentros a gosto
sal & pimenta
queijo mozzarela ralado

Piquei o alho e fritei-o na margarina. Juntei o presunto e passado um minuto, os cogumelos. Temperei com a noz moscada, sal, pimenta e coentros picados. Quando quase não tinha molho, passei a mistura para uma assadeira e polvilhei com o queijo ralado.



Fica uma entrada bastante agradável e substancial! E não fica enjoativo.



Esparguete com tomate e ervilhas

Para o meu jantar tinha um bife temperado no frigorífico, mas não me apetecia ir fritar batatas. Como tinha um resto de molho italiano e meia lata de ervilhas, achei por bem fazer um esparguete a acompanhar o dito bife. Depois de o ter no prato e provado, gostei tanto que quase não toquei na carne e degluti a massa toda, eu que nem sou grande apreciadora. Percebi que isto, para quem não come carne, podia ser uma refeição!




Ingredientes (para 2 pessoas)

150g de esparguete
5 colheres de sopa de molho de tomate italiano (o tal do Pingo Doce)
2 alhos
meia lata de ervilhas cozidas
3 alhos
50g de margarina
1 haste de coentros
1/2 colher de chá de orégãos
queijo parmesão ralado para polvilhar


Comecei por cozer o esparguete em água, sal e um fio de azeite. Enquanto cozia, piquei um alho e fritei-o ligeiramente na margarina. Juntei as ervilhas e o molho de tomate e, um fio de água. Quando a massa ficou cozida, escorri-a e passei-a por água fria. Juntei-a ao molho, com um pouco de queijo parmesão e mexi. Polvilhei com os coentros e os orégãos, pus no prato e polvilhei de novo com o parmesão. Adorei. E não é que fica bonito no prato?

Bifanas no forno

Comprei 4 bifanas sem saber bem o que fazer com elas. Como tinha um enorme molho de coentros frescos, que adoro, pensei em fazê-las como se fossem à Padeiro.

Ingredientes (2 pessoas)
4 bifanas
um raminho de coentros frescos
4 alhos
um borrifo de vinho tinto
azeite
1 pitada de pimentão doce
sal & pimenta

No dia enterior, acabei por temperar as bifanas com os alhos esmagados, um fio de azeite, sal, pimenta, o pimentão, 2 ou 3 hastes de coentros picados e o borrifo de vinho. No dia a seguir foi só por numa assadeira, regar com um bom azeite e por no forno.



Tinha umas batatinhas novas óptimas parra assar, como tal, lavei-as, salpiquei-as de sal e pu-las só assim no forno até estarrem assadas. Depois dei-lhes um murro e reguei-as, já no prato, com o azeite das bifanas. Polvilhei tudo com coentros frescos. Ficou muito bom!


Canelones de Carne

Depois do episódio da cozinha esfumaçada, pensei que teria de fazer alguma coisa pela minha reputação. Decidi-me a fazer uns Canelones de Carne para o jantar de sábado.

Ingredientes (2 pessoas):
300 g de carne de vaca picada
8 canelones
1 pacote pequeno de polpa de tomate
1 cebola
3 dentes de alho
1/2 frasco de molho italiano (usei o do Pingo Doce e gostei)
1 pacote grande de molho bechamel
queijo mozzarela ralado
2 colheres de sopa de azeite
2 pitadas de noz moscada
uma colher de chá de orégãos
sal & pimenta

Comecei por fazer um refogado com a cebola e o alho picados no azeite. Juntei a carne e deixei fritar até ficar toda separada e com alguma cor. Adicionei a polpa de tomate, sal & pimenta e deixei apurar até ter aquele sabor a molho de tomate italiano. Passados cerca de 20 minutos, apaguei o lume, polvilhei com os orégãos e deixei arrefecer. Pus 1/3 do bechamel no fundo de um tabuleiro de ir ao forno e comecei a rechear os canelones com uma colher de sobremesa. Depois de estarem todos, pus directamente por cima dos canelones o molho de tomate italiano e o resto do bechamel - por os ingredientes por esta ordem é importante, pois é nestes molhos que a massa vai cozer. Polvilha-se o bechamel com pimenta e a noz moscada e o queijo mozzarela ralado e vai ao forno.



Dependendo da marca da massa que se utiliza, o tempo de cozedura também é variável. Para se saber se os canelones estão cozidos, basta espetar um garfo e, se não oferecer resistência, estão prontos. Este é um praqto que não se pode fazer com pressa, pois o forno tem de ser posto no mínimo, ou os canelones queimam antes de estarem cozidos. Ficou assim:


Acompanhei com uma salada verde temperada com azeite e vinagre, para poder contrastar com um prato tão forte e quente. Como já percebi que tenho ajuda na parte dos vinhos, este repasto foi regado por um monocasta Aragonez, Cortes de Cima.

domingo, 7 de março de 2010

Fumo na cozinha

Ontem ia pegando fogo à cozinha e nem sequer era a minha. Chegados para passar um fim-de-semana sossegadinhos, e com um frio de rachar, apetecia-nos um cappuccino mas, mesmo depois de muito procurar, nem uma bolachinha para acompanhar. Enchi-me de coragem e empreendi a tarefa de fazer qualquer coisa, tipo biscoito, que desse para acompanhar o cafézinho. Problema 1: não tinha ovos! Problema 2: tinha farinha, cujo prazo tinha acabado em 2005! Problema 3: Maizena. Então comecei a misturar açúcar, um pouco de manteiga, farinha maizena, canela e maçã ralada. Ficou uma pasta branca, com ar de papas manhosas. Medo. Pus no tabuleiro do forno em pequenas colheradas e segui caminho. Começou a pairar no ar um cheirinho a maçã e canela que até prometia mas quando cheguei à cozinha o forno deitava fumo e a casa parecia Avalon! A mistela homogenizou-se e queimou-se sem sequer estar cozida... um horror! Tive de por o tabuleiro na rua, à chuva, e pôr a casa a arejar mesmo estando um frio horrível. Enfim... só para comprovar que a falta de jeito é latente. Mas o meu companheiro de aventura diz que é só "falta de experiência"... raios! raios! raios!


Atum: o melhor amigo do homem

Grande parte dos meus amigos não sabe fritar um ovo e todos defendem que o atum é o melhor amigo do homem. Isto fazia-me uma certa confusão, até perceber que "arroz cozido em ketchup com salsichas e baked beans a boiar" era considerado um feito gastronómico de alto nível e comido com tal sofreguidão que me dava volta ao estômago. Assim, e inspirada no meu almoço de hoje, decidi deixar aqui a mais fácil receita de salada de atum que existe. Além de bonita, faz um figurão... Portanto, meninos, aqui vai!



Base da Salada de Atum da Conguita (2 pessoas):

2 latas de atum (Português sff!)
3 batatas médias
1 lata pequena de ervilhas cozidas
150g de cenouras parisienses congeladas (são às bolinhas... fica giro, acreditem!)
1 cebola pequena
1 alho
azeite
3 ou 4 pés de coentros
sal & pimenta

Cozer as cenouras em água a ferver com sal e 3 ou 4 minutos mais tarde, adicionar as batatas. Na tigela que  vai a servir, picar a cebolinha muito bem e o alho e juntar o atum já escorrido. Juntar os legumes cozidos,  picar os coentros e misturar. A base está pronta! Todavia, e ao gosto de cada um, pode-se e deve-se juntar mais coisas. Exemplos: ovo cozido picado, tomate cortado em cubinhos, maionese, milho, camarão cozido, azeitonas, nozes picadas, alface... enfim, o que vos apetecer!

Mais uma vez não há fotografias, porque quando me lembrei já a salada estava comida e alguém a dizer "Isto é mesmo bom! E as bolinhas dão um ar coquette a uma simples salada de atum!". Não há homem que não fique fascinado com atum... penso que é genético! Cães, ponham-se a pau...

terça-feira, 2 de março de 2010

A melhor pizza congelada do mundo!

Sou humana, e tem dias em que pura e simplesmente não me apetece fazer jantar e tenho uma vontade enorme de me encher de calorias e hidratos de carbono! Sempre odiei pizzas congeladas, assim como grande parte das comidas pré-cozinhadas e com sabor a plástico, mas tenho de admitir, que descobri uma que é muito boa. Pizza de Peperoni da Dr. Oetker, da gama Ristorante. A massa é fininha, tem meia dúzia de rodelas de salame que fica saboroso e tem um travo picante. Hoje vai ser o meu jantar... já viram as horas?!

Ando de olho numa máquina de pão... parece que além do pão também pode fazer outras massas como pizzas e bolos, o que daria bastante jeito, uma vez que adoro pizza. Fazer a massa e por ingredientes à minha escolha e fazer experiências é algo em que ando a ruminar... a ver vamos!

Arroz Pulau

Adoro comida indiana. A primeira vez que tive contacto com este tipo de cozinha, puseram-me à frente uma Chicken Tikka Masala. Fiquei deliciada. Até hoje, ando a aperfeiçoar a receita, mas nunca fica igual à que se come nos restaurantes. Para acompanhar este tipo de comida, não há melhor do que o típico arroz pulau, cujo segredo demorei imenso a perceber. Mas aqui vai:

Ingredientes (para 6 pessoas):

500g de arroz basmati
1 cebola
1 cm de gengibre fresco
1 colher de chá de açafrão
1 pau de canela
4 cravinhos
4 cardamomos
3 flores de anis
uma colher de sopa de cominhos em grão
150g de manteiga ou margarina
sal

O segredo do arroz basmati está na lavagem do arroz antes deste ser cozinhado, pois só assim fica solto. Como tal, há que o passar por 3 ou 4 águas e, mesmo antes de o cozinhar, deixar de molho cerca de 15 minutos. Entretanto, piquei uma cebola e raspei o gengibre. Juntei as especiarias e a manteiga (que é o nosso ingrediente mais parecido com o ghee indiano) e deixei a mistura soltar os seus sabores em lume brando.



Quando estiver a cebola quase cozida na manteiga, junta-se-lhe o arroz já escorrido e mexe-se, até os grãos estarem completamente opacos e bem quentes. Adiciona-se então àgua quente, apenas a suficiente para ficar um dedo acima do arroz. Junta-se sal e deixa-se cozer. Quando a água já desapareceu quase toda, desliga-se o lume e poe-se a tampa da panela por cima ate o arroz ficar completamente cozido e solto.

Fica bem bonito. Amarelinho e com um aroma fantástico!

Rolo de Carne com Bacon e Queijo

Quando se recebe pessoas em casa não é boa política fazer pratos que sejam muito trabalhosos, senão acabamos por passar a noite na cozinha enquanto os outros se divertem. Assim, quando um casal amigo anunciou que vinha jantar, lembrei-me de fazer o rolo de carne. Ainda não estou totalmente habituada à ideia de ter um blogue sobre comida, portanto por vezes, esqueço-me das fotografias, como aconteceu neste caso. Adiante!

Ingredientes (para 5 pessoas):

1 kg de carne de vaca picada
1 ovo
1 raminho de salsa
1 cebola pequena
2 alhos
200 g de bacon em tiras finas
200 g de queijo fatiado
sal & pimenta
2 pitadas de colorau
azeite

Numa taça juntei a carne, a cebola e os alhos bem picadinhos, o ovo cru, a salsa picadinha, o colorau e o sal e a pimenta. Misturei tudo, e a melhor maneira de o fazer é com nas mãos, até ficar uma mistura minimamente homogénea. Estendi cerca de 60cm de folha de alumínio e pus a carne por cima, espalmando até fazer um rectângulo que cobrisse a folha de alumínio. É bom que a carne fique com uma espessura fina, pois torna-se mais fácil de enrolar e o recheio fica distribuído igualmente. Por cima dispus o bacon em fatias e o queijo. Com a ajuda da folha de alumínio, fui enrolando e pressionando para ficar um rolo bem compacto. Levei ao forno enrolado no aluminio, em lume brando. Passada uma hora, já o rolo tinha libertado os seus sucos e então retirei o alumínio e pus um fio de azeite sobre a carne e depois foi só deixar tostar mais um bocadinho. Ficou bastante suculento e o recheio não saiu.

Acompanhei com batatinhas noisette e arroz de açafrão. Um sucesso!

segunda-feira, 1 de março de 2010

Pá de Porco no Forno

Como já disse, no Inverno gosto de fazer uso do forno, pois tenho a sensação que a comida se torna mais aconchegante. deparei-me com uma pá de porco enorme, com cerca de 2 kg, Ainda com o osso e sem saber muito bem o que lhe fazer. Inventei. No dia anterior, comecei por fazer uma espécie de marinada.

Ingredientes:

8 alhos drandes
1 molho de hortelã fresca
1 chili verde sem sementes
2 colheres de sopa de azeite
meio copo de whisky
10 cravinhos da Índia
1 colher de sopa de pimentão doce
sal & pimenta
2 colheres de sopa de vinagre
2 copos de vinho branco
2 caldos Knorr de carne


Retirei o excesso de gordura à peça de carne e esfreguei-a toda com vinagre. Num almofariz, juntei os alhos, a hortelã, o sal, o chili verde cortado em pedaços e uma colher de azeite até fazer uma pasta. Cravei a carne toda com os cravinhos e por cima, pus o pimentão e a pimenta, uniformemente e barrei toda a pá com a pasta de alho. Reguei com o whisky (usei um Chivas Regal que acho intragável) e deixei o tabuleiro no frigorífico à sua sorte, tapado com alumínio.


No dia seguinte, foi só pôr no forno com o lume baixo (senão a carne não coze por dentro) e ir virando. À medida que o molho e o suco da carne ia querendo começar a queimar, ia juntando meio copo de vinho branco.



Quando me pareceu estar totalmente cozida, usei um truque que uso quando quero fazer carne de porco no forno e me esqueci de a temperar antecipadamente. Pus os dois caldos Knorr dentro de um copo com uma colher de azeite e levei ao microondas durante 1 minuto. Depois mexi bem e reguei a carne com a mistura. Acendi o grill do forno e deixei a carne a ganhar cor e sabor durante cerca de meia hora. O molho torna-se escuro e muito saboroso.

Cortei em fatias fininhas e acompanhei com puré de batata.

Caril de Peixe

Esta receita é inspirada numa que um amigo meu deu e que a viu, algures num programa de televisão na BBC, que não sabe identificar qual é. Eu, para variar, modifiquei de acordo com os ingredientes que tinha em casa e o meu gosto pessoal, e devo afirmar que foi um sucesso. Mais uma vez, uma forma inovadora de comer peixe.

Ingredientes (para 4 pessoas):

4 boas postas de peixe branco (eu usei pescada)
1 pimento verde
1 pimento vermelho
1 cebola grande
250g de tomate triturado
3 dentes de alho
2 colheres de chá de açafrão
1 lata de leite de côco
4 cravinhos de cabecinha ou cravos da Índia
1 pedaço de 2 cm de gengibre fresco
2 colheres de sopa de caril
1 colher de chá de piripiri
1 pau de canela
200 g de manteiga ou margarina
sal & pimenta

Comecei por descongelar o peixe e pôr-lhe umas pedrinhas de sal. Piquei a cebola muito fina e os alhos, e laminei o gengibre. Adicionei os cravos da Índia, a pimenta, o açafrão, o piripiri e a canela e pus em lume brando. O cheiro que começou a sair da panela era divinal.Limpei os pimentos de sementes e cortei aos cubinhos, adicionando-os depois ao refogado e deixar cozinhar cerca de 5 min.

 De seguida, pus o tomate, deixei apurar durante outros 5 minutos e juntei o caril e o leite de coco.



Depois de ferver e apurar durante cerca de 10 minutos, passei o peixe por água e panela com ele, durante outros 20 minutos, em lume brando, para cozinhar sem se desmanchar e absorver os sabores. Uma maravilha.
Acompanhei com arroz basmati aromatizado apenas com 3 flores de anis.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Estou a ler...

 Adoro ler livros que, de alguma maneira, tenham uma pitada de culinária. Sugerido e emprestado por uma amiga, estou a ler "Afrodite - Histórias, Receitas e Outros Afrodisíacos", da Isabel Allende, em Portugal pela Difel. Como o título indica, Allende mistura receitas, com lendas e histórias, principalmente originárias do Chile. Porque escreveu ela um livro assim? Ela própria explica: "... no meu caso, o crepúsculo leva-me a pecar e, talvez por isso, aos cinquenta reflicto sobre a minha relação com a comida, o erotismo, as fraquezas da carne que mais me tentam, embora, elas, não tenham sido as que mais pratiquei.". Parece-me que Allende tenta recuperar o tempo perdido...

As receitas são da mãe, Panchita Llona e incluem vários capítulos: Molhos (e outros fluídos essenciais); Hors d'Ouvres (primeiras cócegas e mordiscos); Sopas (começando a aquecer); Entradas (jogos amorosos, folha a folha, beijo a beijo); Pratos Principais (kama Sutra...quer dizer, mais ou menos); Sobremesas (final feliz). Engraçada a ligação perspicaz entre a refeição e o erotismo.

Legumes Assados

Nem sempre apetece comer os acompanhamentos normais, como tal, e inspirada numa receita da Nigella Lawson, resolvi dar uso a umas batatas doces esquecidas na fruteira há uns tempos, para acompanhar um simples entrecosto grelhado apenas com sal e alho esmagado. Neste tempo tão frio, sabe bem comer algo feito no forno, pois além de ter o fantástico condão de aquecer a cozinha, parece que a comida nos aquece por dentro também.

Ingredientes (4 pessoas):
2 batatas doces grandes
4 batatas roxas (as ideais para irem ao forno e ficarem farinhentas)
1 cebola
4 alhos grandes
1 pimento verde
1 pimento vermelho
sal & pimenta
5 colheres de sopa de azeite
ervas da provença

Lavei muito bem as batatas e, ainda com a pele, cortei-as em cubos com 2 dedos de espessura. Tirei as sementes aos pimentos e cortei em cubos grandes. A cebola, depois de lavada, e ainda com casca, foi cortada em quartos. Pus tudo dentro de uma assadeira de barro, juntei os alhos esmagados com pele, sal e pimenta, as ervas e o azeite. Misturei tudo, até o azeite ficar bem impregnado e levei ao forno, coberto com papel de alumínio, até os legumes começarem a assar. Tirei o papel passados cerca de 15 minutos e fui abanando o tabuleiro até estarem todos assados.

Foi uma surpresa o cheiro que pairou na cozinha, assim como o quão suculento e saboroso ficou. Deu logo outro aspecto ao entrecosto que estava quase triste de tão simples que era.

Estes legumes assados também podem de servir de refeição a quem opte pelo vegetarianismo, pois acabam por ser bastante substanciais.

E que tal?

Peixe com especiarias, ervas frescas e lima

De vez em quando, gosto de inventar coisas. Especialmente quando não gosto assim muito do ingrediente principal, que neste caso foram uns lombos de pescada congelados. Como o meu amor por peixe cozido é quase nulo, e como tinha à mãos ervas frescas, achei por bem dar-lhes uma nova roupagem.

Ingredientes (para 2):
4 lombos de pescada congelados
cebolinho
salva
sementes de mostarda
gengibre em pó
açafrão em pó
sumo de 3 limas
sal e pimenta
4 colheres de chá de manteiga

Em quatro quadrados de papel de alumínio, coloquei os lombos no centro de cada um e temperei com sal e pimenta.Em cada lombo, acrescentei uma pitada de gengibre em pó, pulvilhei com açafrão e cerca de 10 sementes de mostarda. Piquei a salva e o cebolinho frescos e pus por cima e por baixo do peixe. Distribuí o sumo das limas pelos quatro papelotes. Uma noz de manteiga em cima de cada lombinho e forno com eles, durante cerca de 30min.



Gostei bastante de comer o peixe feito desta maneira, pois as sementes de mostarda deram-lhe um sabor diferente, assim a dar para o exótico, e fizeram com que o peixe ficasse algo crocante. Acompanhei com puré de batata.

Que tal?

domingo, 21 de fevereiro de 2010

A Grande Abertura

Sim, eu sei... mais um blog de culinária. Mais uma alma perdida à volta do fogão. Mais uma apaixonada por ingredientes, sejam eles quais forem. Sim. Sim. E sim.
Embora nunca me tenha levado demasiado a sério na arte de misturar coisas numa panela, ultimamente tenho sido levada a pensar que as minhas incursões na cozinha me poderiam trazer mais do que prazer de fazer e ver comer com prazer. Devo ter alguma costela italiana, pois sinto-me impelida a empaturrar quem me rodeia e, normalmente, os empaturrados tecem elogios. Mas a verdadeira questão é: numa sociedade onde uma mulher que sabe e gosta de cozinhar é tida como louca, onde a abstinência culinária é engraçada e as refeições pré-feitas e congeladas abundam, será que os meus pratos são realmente saborosos ou só pitorescos por serem feitos numa panela a sério? É o que pretendo descobrir... antes de me encher de vaidade.
Assim sendo, depois de anos a ouvir "Quando abres o teu restaurante?", e como ainda não tenho a certeza de que possuo algum dom de alquimia, resolvi fazer este blog. Vou tentar abordar experiências (as que correm bem e as que...enfim, nem por isso) e pratos que em minha casa já são clássicos. Aceitam-se sugestões.
Declaro aberto, o Chez Conguita! Façam o favor de cortar a fita... em todos os posts! :-)